25 de set. de 2012

A importância da união em meio ao sofrimento



Por Fábio Della Pasqua

Willian Blake escreveu: “ Minha mãe gemeu, meu pai chorou. Para o perigoso mundo eu saltei”.

Começamos a nossa vida em meio às lágrimas e muitas vezes, partimos dela de maneira dolorosa. Entre o nascimento e a morte, passamos nossos dias ao lado desta inevitável companheira chamada dor.

A dor fornece um vínculo fundamental que mantém um organismo informado e operante. Ela protege e une os membros de um corpo, levando-o a reagir para manter-se saudável.

A dor é detectada por terminações nervosas formadas por células receptoras. Depois de traduzida em informações químicas e elétricas é enviada ao cérebro, onde então é interpretada. Cada célula trabalha quando algo está errado em nosso organismo. O sofrimento decorrente disso, faz soar um alerta que nos obriga a fazer certos ajustes e adaptações para podermos viver de uma forma absolutamente normal.

Por diversas vezes, vemos na Bíblia os cristãos serem chamados de membros do corpo de Cristo. Como membros e partes de um corpo, sempre que somos expostos ao sofrimento e as aflições que a vida proporciona, precisamos nos posicionar de uma maneira que nos seja possível reagir e combater tais adversidades para alcançar a vitória.

Somos advertidos constantemente para “chorar com os que choram” Romanos 12:15
Claramente neste versículo vemos que o corpo de Cristo (a igreja como um todo, composta por pessoas que possuem a mesma fé e que foram salvas e perdoadas por Jesus), oferece um canal essencial por onde a dor pode escoar e ser compartilhada e absorvida por todos nós.

O Dr. Paul Brand declara: “Grande parte do sofrimento do mundo reside no egoísmo de um ser vivo que simplesmente não se importa com a aflição do outro. No corpo de Cristo sofremos porque não nos importamos o suficiente.”
Como membro desse corpo, devemos atentar para a aflição de outro membro que sofre perto de nós, pois “o verdadeiro amor protege e defende áreas especialmente vulneráveis”. Isso deve nos desafiar a buscarmos nos relacionar uns com os outros em misericórdia.

Ao observar o que o apóstolo Paulo escreve aos Gálatas: “Levai a carga uns dos outros e assim cumprirei a lei de Cristo” ( Galatas 6:2), fica claro que não procedendo desta maneira não teremos o privilégio de fazer parte do corpo de Jesus na terra e estaremos desagradando ao Senhor.

Conclusão:

Nosso próprio Senhor e Salvador se identificava com aqueles que sofriam de uma maneira tão completa e apaixonada que declarou em Mateus 25:35-40
“porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.
Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.”

É nosso dever batalharmos juntos pelo bem estar uns dos outros. Olhando atentamente para as aflições, tanto físicas como espirituais, daqueles que estão a nossa volta.
Agindo assim estaremos, com certeza, agradando ao Senhor e cumprindo nosso papel de ser sal e luz. Ao ajudar os outros a suportar as adversidades, apoiando-os em seus sofrimentos, atuamos verdadeiramente como despenseiros da graça de Deus!